O dia seguinte

DOSE DIÁRIA 07.02.2023 O dia seguinte É sempre dramático o 'day after' em cenários de calamidade. E o relógio vai marcando os minutos e as horas que diminuem as esperanças de resgatar mais vidas. Esta é a Dose Diária de hoje – neste dia em 1964, os Fab Four aterravam em Nova York, e a 'Beatlemania' tornava-se um fenómeno global. Os dois terramotos que atingiram ontem a Turquia e a Síria provocaram mais de 5000 mortes – mas bastante mais, mesmo, já que existem 6000 desaparecidos e dezenas de milhares de feridos, números que virão infelizmente a engrossar a lista dos mortos. A força da Natureza nunca deve ser subestimada e os fenómenos sísmicos estão entre os que mais danos podem causar. Aqui fica um resumo do que se passou na Turquia mas que pode muito bem (voltar a) afetar Portugal. De resto, nem vale a pena falar do de 1755, mas o nosso retângulo é de facto uma zona de risco sísmico elevado. Em 1969, há uns meros 54 anos, houve um forte "tremor de terra", como a imprensa então relatou. A geopolítica mundial vive muito de jogadas baixas: dois anos após anexar a Crimeia – à força, claro – a Rússia terá subornado políticos de vários países europeus para ver aprovada essa mesma anexação. E não é que parece ter resultado? Já nos EUA, o macabro junta-se ao comico-dramático: uma idosa declarada morta no lar onde residia foi ouvida a respirar, horas depois, já na morgue. Bom, os mortos não respiram, nem mesmo nos EUA, onde casos destes nem sequer são grande novidade. Cá pelo burgo, agora que o altar-palco (altar-quê?) desapareceu das parangonas, concentremo-nos na Jornada Mundial da Juventude e, concretamente, no que vai ser e o que lá se vai fazer. No rescaldo do incêndio de sábado na Mouraria, em Lisboa, desperte-se as consciências que normalmente andam bastante "distraídas": o negócio de arrendar colchões, as chamadas "camas quentes", a imigrantes é apenas mais um sintoma de tráfico humano e de exploração do homem pelo homem. A faturaç... perdão, a ação preventiva das autoridades que gerem o trânsito em Portugal deu resultados: na semana da campanha de segurança rodoviária "Viajar sem Pressa", foram caçados, perdão, registados 16 mil condutores em excesso de velocidade. O assunto foi recentemente tema de conversa no palco dos Grammys: Harry Windsor – a.k.a. príncipe Harry e Duque de Sussex – referiu-se, no seu livro 'Spare', às lesões que o frio do Polo Norte causou em diversas partes do seu corpo, nomeadamente ao congelar um seu... apêndice, 'so to speak'. Ainda na cerimónia dos Grammys, nem tudo foi um mar de rosas. E algumas pessoas precisam de uma reciclagem sobre sentido direto (dos ponteiros do relógio) ou inverso (que é o contrário, como está bem de ver). Que o diga Harry Styles, que teve de se adaptar à dislexia de alguns dos técnicos de palco. Entretanto, o mundo das artes audiovisuais cá do burgo vai sofrer uma pedrada no charco como não se via desde 'Morangos com Açúcar'. Precisamente o regresso dessa série que lançou muitos dos atores e atrizes atualmente em atividade. Vai ser uma inédita parceria entre a TVI e a Amazon Prime, é só novidades! Do lado da bola, poderá estar por dias o rebentamento de uma "bomba" na Premier League: o Manchester City é suspeito de ter quebrado os regulamentos do 'fair play' financeiro da liga inglesa e arrisca a despromoção. Até amanhã em mais uma Dose Diária. o SAPO nas redes