Polícias do Luxemburgo podem fumar canábis nas horas vagas - Triplov INFO

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sexta-feira, 8 de setembro de 2023

Polícias do Luxemburgo podem fumar canábis nas horas vagas

No entanto, é proibido trabalhar sob o efeito desta substância. E há "consequências disciplinares e criminais" previstas para quem o fizer.

Desde 21 de julho, é permitido o cultivo pessoal de quatro plantas de canábis, desde que seja a partir de sementes, e está igualmente autorizado o consumo desta substância dentro de casa. Sabe-se agora que esta nova lei também se aplica aos agentes da autoridade.

Quer isto dizer que qualquer agente das forças de segurança pode consumir canábis nas horas vagas. Há, no entanto, uma exceção, que diz respeito aos candidatos à polícia. No início do processo de recrutamento, todos passam por um teste toxicológico e um resultado positivo resulta em expulsão direta.

Proibido trabalhar sob a influência de canábis
Apesar de estarem autorizados a consumirem canábis, os membros das forças policiais estão proibidos de trabalhar sob a influência desta substância, como explicou um porta-voz da polícia ao Luxemburger Wort.

Coloca-se, então, a questão de como detetar a presença da substância. De momento, a polícia grã-ducal não realiza testes sistemáticos de droga aos agentes, mas assegura que, "se houver suspeita de abuso de drogas ou ocorrer um incidente, os polícias envolvidos poderão enfrentar consequências disciplinares e criminais", vinca a porta-voz.

E, perante a realização de um teste, mesmo que algumas horas após o consumo, há probabilidade de detetar a presença da substância. Em causa está o facto de, ao contrário do álcool, o corpo decompor o THC (principal substância psicoativa presente na canábis) em taxas diferentes de pessoa para pessoa, podendo demorar a eliminá-lo em algumas casos.

Recorde-se que, há poucas semanas, a Inspeção-Geral da Polícia (IGP) efetuou buscas nas casas de dois agentes da polícia acusados de violência policial, acabando por encontrar quantidades ilegais de canábis.

Segundo o Ministério Público revelou na altura, um dos polícias usaria a droga para consumo próprio, enquanto o outro é suspeito de tráfico: teria importado, transportado e repassado droga no Luxemburgo.