Descalços e cansados
vão os pés
Esculpindo caminhos de areia
Pela enchente das marés,
Enquanto assobia o vento
Em brisa refrescante
do perfeito elemento,
Vou ouvindo a vida a murmurar
No dia de hoje
esperando um novo amanhã
Tão belo como um barco no mar,
O tempo ergue bandeiras
De eterna saudade
de abraços e encontros,
de olhares e sorrisos
Que esvoaçam num céu azul
Povoado de sonhos,
Enquanto,
oferece asas às palavras
Beijadas por aromas de maresia
Onde escrevo páginas de poesia
No entardecer do tempo
e no nascer de cada manhã,
com sol primaveril
neste saudoso mês de Abril.
António Costa . 2024