A brasa ou a procissão? - Triplov INFO

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quinta-feira, 9 de maio de 2024

A brasa ou a procissão?


Paula Freitas Ferreira Paula Freitas Ferreira
Editora

Perdoem-me, mas o "churrasquinho" não é só brasileiro. É certo que podem contar com as belas carnes sul-americanas e que o termo faz parte do ADN de mineiros a cariocas, como o "chope" e o samba, o forró e o sertanejo, todos eles a acompanhar o espeto.

Mas o churrasco também é nosso, tão português como a sardinha a pingar no pão, como a salada dos pimentos que vão à grelha e o "homem do carvão". Há sempre um especialista dos grelhados em qualquer grupo, sejam amigos ou família. E de que precisa ele? De uma "geladinha" na mão e de… espaço. Quem sabe, sabe, não há margem para conselhos de quem não sabe da poda.

Todos conhecemos um destes talentosos da grelha, comparsas do "Rambo dos frangos". Já aqui contámos a história de António Abreu, o português que fez de uma churrascaria em Larochette um verdadeiro fenómeno.

Talvez valha a pena a viagem de 45 minutos a partir de Wiltz. É que este ano os churrascos foram proibidos em dia de procissão. Houve, no entanto, quem arriscasse o pecado em dia santo. Agostinho Tavares e a família decidiram acender a brasa, apesar da proibição. É que "ir a Fátima de Wiltz sem fazer o churrasco não é a mesma coisa. A gente gosta de grelhar".

Nem tudo são más notícias. Para os restaurantes da zona, a nova regra significa mais clientela, mas também menos tempo para fazer sala. A gerente do café "A Tasquinha" foi mesmo obrigada a organizar os almoços por reserva e pediu aos clientes que não demorassem muito tempo para dar a vez a outros.

Hoje é dia de folga para os trabalhadores do Luxemburgo. Em ano de feriado duplo, não se esqueça que tem direito a um dia extra de compensação.

Bingo no calendário. Quem é que não quer ter um dia de sorte?

Bom feriado!