Antes de tudo, o óbvio: somos todos inocentes até prova (legal) em contrário. Estarmos a ser investigados não faz de nós criminosos, é deixar que a Justiça se cumpra, a dos tribunais, que a dos homens é aquela que se sabe: emotiva e dúbia. Tantas vezes perigosa.
Se José Castelo Branco é um perigo para a "sua" Betty cabe à polícia investigar. Mas, a ser verdade, o filme é exatamente o mesmo de uma qualquer Maria ou de um qualquer José: de repente já muitos saberiam de episódios de violência, as histórias surgem (só agora) em catadupa. Foi preciso que a alegada vítima – uma mulher de 95 anos - encontrasse, por fim, a sua voz. Porque se calaram todas as outras?
O crime de violência doméstica continua a obedecer ao mesmo triste enredo: todos calam até que o pior acontece. Há quem acabe numa cama de hospital ou, citando Sérgio Godinho, "ainda mais deitado, o coveiro que o diga". As vítimas são belas e feias, pobres e ricas, educadas e analfabetas. A violência é ironicamente democrática.
A fama de um e de outro fez desta história capa de jornal. Mas há muitas mais Marias e muitos mais Josés. Não me lembro de existirem muitas detenções de supostos agressores. Ser famoso tem um preço, o de José Castelo Branco pode bem ser o de servir de exemplo.
Famosos são também os clientes do português Cristiano Pinheiro. Já tatuou jogadores de futebol e estrelas da música e da televisão. Agora abriu um estúdio em Esch-sur-Alzette.
Em Esch também, no bairro de Belval, começaram hoje a ser testados os autocarros sem condutor da CFL. Chamam-se "Ohmio" e têm capacidade para oito pessoas. Saiba como funciona o conceito aqui.
É já depois de manhã, no feriado de 9 de maio, que acontece a peregrinação de Nossa Senhora de Fátima a Wiltz. Mas este ano há novidades: o português que pode tornar-se o próximo Papa vai presidir à cerimónia e não vão ser autorizados churrascos nem campismo selvagem.
É terça-feira, um dia que nos habituamos a ouvir o Sérgio cantar. Mas hoje, a música é a Balada da Rita.
Boas leituras!