Hoje há jogo e, mesmo que este desafio com a Geórgia não conte para grande coisa - já estamos apurados para os oitavos de final e já garantimos o primeiro lugar do nosso grupo - não almejo, não almejamos, nada menos que a vitória.
Portugal enche-me o peito. Foi irrepreensível na qualificação para o Euro 2024 e tem cumprido até agora uma campanha sem máculas, ainda que no primeiro jogo, contra a Chéquia, tenhamos tido uma sorte danada.
Não abdico do sonho, acredito que vamos ser campeões europeus. E não é só por termos uma das melhores seleções de sempre, com jogadores no campo e com jogadores no banco, com portugueses de todas as origens e classes sociais, e que ali no relvado se ajudam e funcionam como um só.
Cristiano Ronaldo, que meio mundo temeu estragar a equipa por egocentrismo, provou na partida com a Turquia a sua generosidade. Agora basta repetir com a Geórgia o que já fizemos em 2008, ano do único encontro entre as duas seleções. E, claro, é para ganhar.
Não somos um país rico, ainda que os tenhamos entre nós. Acabámos de saber que o jackpot do Euromilhões saiu a um portuense, por exemplo. Ou que um quadro de uma das nossas mais celebradas pintoras, Paula Rego, foi vendido por uma pequena fortuna.
Mas em geral somos um povo remediado, que luta pela dignidade e que sabe estar junto nos momentos certos. Assim é a nossa seleção, feita de gente diversa, multicolorida, talentosa e desenrascada. Unida, sim.
É por isso que vamos ganhar o Euro. Eu acredito. Com uma força que ninguém pode parar. Força, rapazes.
Assim vai o mundo. Boa tarde.
