Existe um fenómeno estranho que eu gostava de perceber.
Se uma pessoa for a uma unidade hospitalar, pode nem estar doente, mas precisa de ir buscar um papel e levar máscara porque é que as pessoas olham assim de uma forma estranha, meio entre o julgamento e o medo.
Hipótese a) Olha este deve ser maluquinho e pensa que ainda está no tempo do COVID.
Hipótese b) Este para estar de máscara é porque já traz aqui alguma doença grave, deve estar cheio de Ébola, Sida e Hepatites tudo ao mesmo tempo e deixa lá afastar-me senão ainda me pega.
Hipótese c) Este deve ter como hobbie ir tomar banhos às barragens de Chernobyl e agora veio para aqui cheio de radiotividade e vai espalhar isto tudo.
Não será óbvio demais que esses locais são uma autêntica festa de vírus e primos irmãos e primos afastados e também de bactérias?
As pessoas estão lá porque gostam de estar à espera 725 horas para receberem uma receita de benuron e uma canja?
É assim tão estranho tentar não me meter a jeito de ser um afortunado para ser o amigo secreto de uma gripalhada ou outra virose qualquer por ir a um local que é a festa de fim de ano desses agentes infecciosos onde se reúnem todos a festejar à grande e a jogar ao pega ao outro e não ao mesmo.
Quer dizer pessoas a tossir para o ar que quase vomitam um pulmão é que é normal e certo, ter um cuidado elementar é que parece um crime...
Manuel Reguino / Facebook