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quarta-feira, 26 de junho de 2024

Julian Assange, finalmente livre

A actualidade pela redacção

Julian Assange, finalmente livre

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Créditos: Cagibi54, CC0, via Wikimedia Commons

Julian Assange foi libertado. Esteve privado da sua liberdade durante doze anos, primeiro na Embaixada do Equador em Londres, depois numa prisão britânica. Porquê? Porque o meio de comunicação social WikiLeaks revelou ao público informações verdadeiras muito mais significativas do que os mexericos que habitualmente se lê na imprensa. As revelações envolveram espionagem e crimes de guerra cujos culpados não eram os malvados «regimes iliberais», mas a bela democracia americana e os aliados que ela embarcou, ao seu lado, na invasão e destruição do Iraque. Como diz a canção, «o primeiro que disser a verdade deve ser executado. Corta-se-lhe a língua, chama-se-lhe doido varrido». Assange foi alvo de todo o tipo de acusações, muitas vezes extravagantes, que se destinavam a mantê-lo preso.

O que explica que a administração de Joe Biden tenha finalmente aceitado desistir dos processos por espionagem movidos pela administração do seu antecessor, Donald Trump? É possível que a denúncia americana – totalmente justificada, aliás – da prisão de Evan Gershkovich, jornalista do Wall Street Journal, que foi acusado de espionagem por Moscovo e imediatamente julgado, estivesse a ser prejudicada pelo afã persecutório da Casa Branca contra Assange. A Austrália, cujo papel estratégico vai crescendo à medida que as relações sino-americanas se deterioram, estava também solidária com o seu compatriota. Agora em liberdade, Assange irá sem dúvida dizer-nos o que aconteceu exactamente. E o que pensa dos jornalistas ocidentais que se alimentaram das informações da WikiLeaks e a seguir o difamaram, para se desinteressarem mais facilmente do seu destino.

Nos nossos arquivos

«Para Julian Assange», por Serge Halimi (Dezembro 2018)

«O indomável Julian Assange», por Juan Branco (Maio 2019)

«Visita a Julian Assange na prisão», Charles Glass (Fevereiro 2024)

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