“Com tiranos não combinam Brasileiros, brasileiros corações” - Triplov INFO

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terça-feira, 2 de julho de 2024

“Com tiranos não combinam Brasileiros, brasileiros corações”

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A Independência da Bahia ou Independência do Brasil na Bahia foi a concretização do processo de independência do país na província da Bahia, o que ocorreu por conta dos conflitos travados contra as tropas coloniais portuguesas, concluindo-se em 2 de julho de 1823, quando a cidade de Salvador foi capturada.

A história formal conta que a independência do Brasil se deu com um grito de Dom Pedro I, às margens do rio Ipiranga, em São Paulo, no ano de 1822. Entretanto, foi somente em 2 de julho de 1823 que o povo garantiu a Independência do Brasil na Bahia. Há 200 anos, os baianos venceram as tropas lusitanas que permaneciam no país, após intensas batalhas.

Várias cidades baianas, com destaque para Cachoeira e São Félix, no Recôncavo Baiano, estiveram envolvidas no processo que, de fato, iniciou a expulsão da Coroa Portuguesa.

A mobilização contou com efetiva participação popular e marca um momento de transição, quando pessoas comuns começam a se movimentar na política de modo mais amplo. Senhores de engenho se uniram a profissionais liberais, bacharéis, pequenos produtores, negros escravizados e livres, mulheres, com uma só missão: eliminar o poder português.

Participação das Mulheres

Mulheres como Maria Quitéria, Maria Felipa e Joana Angélica contribuíram na luta e foram determinantes na luta da Independência do Brasil na Bahia.

Também existe a figura da cabocla, que junto com o caboclo, é um dos principais símbolos da Independência do Brasil na Bahia. Ela representa a índia Catarina Paraguaçu e a figura feminina nas lutas.

Maria Quitéria 

Maria Quitériaé conhecida por lutar vestida de homem para ajudar o exército a expulsar as tropas portuguesas da Bahia. Ela saiu de casa escondida do pai viúvo e usou a farda que pegou do cunhado. Por seu ato de bravura e ousadia, ficou conhecida como “soldado Medeiros” e se tornou um dos ícones da Independência do Brasil na Bahia. De acordo com o registro da Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento e Sant’Ana, no bairro de Nazaré, em Salvador, aonde seus restos mortais estão sepultados, Maria Quitéria foi sepultada no local em 21 de agosto de 1853, aos 56 anos. Ela morreu após ser vítima de uma inflamação no fígado.

Maria Felipa

Maria Felipaficou na história da Bahia porque comandou cerca de 40 mulheres na luta pela independência do Brasil no estado. Baiana, negra, pescadora, marisqueira, natural da Ilha de Itaparica, segundo relatos históricos, o grupo liderado por ela foi responsável por queimar 42 embarcações portuguesas. Além disso, há também sobre o a lenda da surra de cansanção (vegetal que provoca urtiga e sensação de queimadura ao toque com a pele) que Maria Felipa teria dado em homens portugueses. Sobre Maria Felipa, historiadores apontam que existem relatos de que seus restos mortais estejam na Igreja do São Lourenço, na Ilha de Itaparica. Ela morreu no dia 4 de julho de 1873.

Joana Angélica

A abadessa Joana Angélicafoi mártir na luta pela independência do Brasil na Bahia. Ela se destacou pela bravura e coragem ao enfrentar tropas portuguesas dispostas a invadir o Convento da Lapa, localizado no centro da cidade de Salvador.

O Convento foi construído em 1744 e o local também pode ser visitado. Soteropolitana, Joana Angélica de Jesus nasceu em Salvador no ano de 1761 e morreu em 1822, assassinada pelas tropas portuguesas quando tentava proteger o local.

Ao lado da porta onde Joana Angélica foi morta, uma placa do Instituto Geográfico da Bahia foi instalado em homenagem a ela. No entanto, com uma falha, apesar de exaltar a abadessa com uma heroína, a data do confronto está errada, 20 de fevereiro de 1822.

Cabocla

A cabocla, junto com o caboclo, é um dos principais símbolos da Independência do Brasil na Bahia. Também é um dos ícones da participação popular nas lutas.

A imagem da cabocla, representa a índia Catarina Paraguaçu e a figura feminina nas lutas pela independência. Ela surgiu em 1840 ou 1849 (há controvérsias quanto à data precisa), quase 20 depois do caboclo, que representa os índios e mestiços baianos, e foi esculpido por Manoel Inácio da Costa.

A cabocla e o caboclo são abrigados no pavilhão Dois de Julho, no Largo da Lapinha. Durante todo o ano, os carros saem do pavilhão com as imagens do caboclo e da cabocla, em direção ao Campo Grande, centro da cidade.

Redação PNB