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terça-feira, 1 de outubro de 2024

Era uma casa muito engraçada...

Uma seleção de grandes temas pela lente dos editores.

Era uma casa muito engraçada...
Paula Freitas Ferreira Paula Freitas Ferreira
Editora

Até hoje, e passaram três anos, a casa da minha vizinha continua sem rodapés. Pagou a um construtor para assumir o trabalho, mas ficou com uma casa igual à do poema de Vinicius de Moraes.

O sonho era que o apartamento saísse do século passado e entrasse na era da modernidade. Ao usar o método antigo da palavra de honra, tramou-se. Não contou com dois pressupostos em desuso: o nosso nome vale mais do que o ouro e não faltam mãos para trabalhar.

A casa lá está, uma espécie de obra de Santa Engrácia à espera da hombridade de um empreiteiro e sobretudo de trabalhadores que possam terminar o serviço. A vizinha vai disfarçando a ausência de acabamentos com cortinas mais compridas do que o desejado e já me confessou ter vergonha de convidar pessoas para jantar: o chão ficou desnivelado e faltam azulejos na cozinha. O dinheiro, que era vivo, está mais do que defunto na sua conta.

Não é novidade, mas a tendência confirma-se: a construção civil continua a perder mão de obra no Luxemburgo e mais de metade das vagas em aberto correspondem a trabalhadores especializados. As casas continuarão sem rodapés e as paredes da cor de um dia de chuva.

O verão parece ter acontecido há muito tempo, mas terminou há pouco mais de uma semana… Hoje começa um mês de outono novinho em folha e isto é tudo o que muda na Grande Região a partir de outubro.

O Líbano continua a ferro a fogo. Há cerca de 40 residentes no Grão-Ducado a viver no país, mas não há informações sobre uma eventual operação de repatriamento, apesar da escalada do conflito na zona.

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Boas leituras!