A ORDEM DO TEMPLO E A ORDEM DE CRISTO NA OBRA DE PEDRO ÁLVARES SECO NO SÉCULO XVI de Joana Lencart EM FINAIS DO SÉCULO XV, O REI D. MANUEL IDEALIZOU UM LIVRO QUE RELATASSE A HISTÓRIA DOS TEMPLÁRIOS E DA ORDEM DE CRISTO NO REINO DE PORTUGAL Entre os finais do século XV e os inícios do século XVI, o rei D. Manuel foi o autor de importantes reformas e estratégias que modernizaram o reino e projectaram Portugal no mundo: de oriente a ocidente. Enquanto governador da Ordem de Cristo, D. Manuel adoptou a mesma estratégia de promoção da instituição. Neste sentido, e entre outras acções, promoveu importantes obras arquitectónicas e artísticas no convento de Tomar e decidiu mandar organizar a memória escrita da Ordem de Cristo, tarefa prolongada no reinado seguinte. O seu filho, D. João III, ordenou ao cronista da Ordem de Cristo que tomasse a seu cargo tamanha tarefa. Ao longo de mais de 50 anos no convento de Tomar, Pedro Álvares Seco redigiu mais de quinze obras que resultaram na criação de uma história-memória da Ordem do Templo e da Ordem de Cristo, desde a fixação dos Templários no nosso território até à morte do cronista, em 1581. Manteve-se assim viva a história de ambas as Ordens Religioso-Militares ao longo de mais de 500 anos. |