"Das vicissitudes existenciais vem-me uma vontade quase desesperada de criar algo que, inversamente e na mesma intensa proporção, transmita física e visualmente plenitude. E o que é plenitude? É a forma cheia, ou vazia, o traço firme delimitando as formas, é luz, cor, intensidade e também o ritmo na repetição das mesmas formas ou formas parecidas. Como no provérbio "Água mole em pedra dura tanto dá até que fura", quero através dessa insistência reafirmar e firmar essa realidade acreditando profundamente que transformar o viver pela pintura é possível. Exorcismo e afirmação dessa certeza. Um pujante gabinete anti-dor."
Sofia Areal