Na abertura da Reunião Ministerial Preparatória para a Cimeira do Futuro, o líder da Organização das Nações Unidas (ONU) advogou que este evento agendado para setembro de 2024 será uma oportunidade única para reconstruir a confiança e alinhar as instituições e quadros multilaterais obsoletos com o mundo atual.
"É mais do que uma oportunidade. É um meio essencial de reduzir riscos e criar um mundo mais seguro e pacífico", sustentou.
A ONU considera a Cimeira do Futuro uma "oportunidade única numa geração" de reforçar a governação global em prol das gerações atuais e futuras.
O objetivo é chegar a acordo sobre um documento final conciso e orientado para a ação: o "Pacto para o Futuro', que deverá ser aprovado pelos Chefes de Estado e de Governo durante a Cimeira.
Dirigindo-se aos ministros e diplomatas presentes na reunião - realizada à margem 78.ª Assembleia Geral da ONU -, Guterres saudou-os pela decisão de trabalharem em prol de um Pacto que abranja cinco conjuntos de questões: Desenvolvimento Sustentável e Financiamento do Desenvolvimento; Paz e Segurança Internacionais; Ciência, Tecnologia e Inovação e Cooperação Digital; Juventude e Gerações Futuras; e Transformações na Governação Global.
O ex-primeiro-ministro português sublinhou que os desafios que a humanidade enfrenta exigem soluções universais e não podem ser resolvidos através de pequenos agrupamentos de Estados ou coligações: "As Nações Unidas são o único fórum onde isso pode acontecer", argumentou.
De acordo com António Guterres, um 'Pacto para o Futuro' abrangente tem o potencial de impulsionar a implementação da Agenda 2030 e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
"Chegar a um acordo será difícil, mas é possível. Exorto-vos a redobrar os vossos esforços durante o próximo ano para garantir que o 'Pacto para o Futuro' seja ambicioso e transformador", apelou.
Este eventual ministerial decorre na sede da ONU, em Nova Iorque, e é mais um dos esforços do secretário-geral para colocar a Agenda 2030 e os 17 ODS "no caminho certo".
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