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segunda-feira, 4 de setembro de 2023

Setembro e a luz dos recomeços


Gosto de recomeços, de folhas em branco, do acordar pela manhã de um novo dia. Gosto da esperança que um recomeço encerra, gosto da sensação de que posso tentar deixar para trás o que me pesa, me incomoda, me persegue e nada acrescenta. Gosto de pensar que a cada dia a luz do Sol vai ser mais luminosa, mais esperançosa, que da madrugada resulta uma claridade mais assertiva e mais determinada. Gosto de acreditar que o menos bom vai mudar e que eu vou ter mais vontade e mais foco para o fazer acontecer.

Setembro é sinónimo de recomeço. Recomeçar mental, física e socialmente é por vezes um avanço importante, e necessário, para o nosso bem-estar e é um valioso passo de crescimento pessoal.

Chegado o mês de setembro, há uma certa esperança num regresso revigorado. Após o desligar das rotinas, do descansar do stress do dia-a-dia e da criação de memórias – momentos com comprovada importância para o bem-estar físico e psicológico, chega-nos a oportunidade de recomeçar. De refletir, de olhar para o mesmo de forma diferente, de preparar-nos para o próximo ciclo e encontrar novas possibilidades.

E há tantas pequenas formas de recomeçar!

Posso recomeçar dando-me mais importância e fazendo coisas que me dão prazer. Posso recomeçar alterando os meus hábitos alimentares, iniciando uma dieta mais equilibrada e saudável. Posso recomeçar comprometendo-me a rir mais, dançar mais, viver mais. Posso recomeçar tornando-me mais ativo física, mental e socialmente. Posso recomeçar abraçando um novo desafio ou aprendendo algo novo. Posso recomeçar esforçando-me por relativizar situações que me incomodam, quando não as consigo alterar. Posso recomeçar desintoxicando o corpo e a alma. Posso recomeçar aprendendo a valorizar o que realmente interessa e a deixar o supérfluo ser apenas o que é, supérfluo. Posso recomeçar libertando-me de ideias pré-concebidas e tendo mente aberta.

Estes longos e luminosos dias de verão, onde a vida tende a parecer mais leve; os pôr do sol tardios, que nos relembram que tudo é efémero; a quebra da rotina, que nos alivia da pressão das horas; os almoços prolongados, onde a conversa flui naturalmente; o lânguido dormitar nas tardes de calor, que nos renova as energias; são tão bons para incitar estes pequenos recomeços. Para desligar e voltar a ligar. Para fechar ou iniciar capítulos. Para remover as pedras da alma e plantar flores de várias cores.

Cada dia, cada situação, pode trazer uma oportunidade de recomeço, uma possibilidade de fazer diferente e de ser melhor.

Gosto de recomeços, da promessa de cada alvorada, de telas em branco, do cheiro de um livro novo, da entrada de uma nova estação. Gosto, acima de tudo, de poder sempre tentar recomeçar, com mais foco, mais equilíbrio, mais discernimento e mais respeito por nós e pelos outros.

Que encontremos sempre forças para recomeçar e que o consigamos fazer tantas vezes quantas forem precisas. Vale sempre a pena conhecer a nossa renovada versão. Vale sempre a pena tentar e experimentar diferente, porque cada recomeço traz sempre novas energias e, quem sabe, importantes pequenos avanços.