Algarve já não estava em seca meteorológica no final de março - Triplov INFO

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segunda-feira, 15 de abril de 2024

Algarve já não estava em seca meteorológica no final de março

No último dia de março nenhuma região de Portugal continental estava em situação de seca meteorológica, de acordo com o boletim climatológico elaborado pelo IPMA, que classifica o último mês como muito chuvoso.

No último dia de fevereiro, o Algarve e uma grande área do baixo Alentejo (14,2% do território, no total), apresentavam seca meteorológica fraca e moderada, estando a maior parte do território (43,7%) numa situação normal.

Segundo o boletim do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a percentagem de água no solo teve um aumento significativo na região Sul, durante o mês de março.

A precipitação total do mês foi de 177,8 milímetros (equivalente a 177,8 litros por metro quadrado), quase três vezes o valor médio do período de referência (1981-2010), sendo o 16.º março mais chuvoso desde 1931 e o 4.º desde 2000.

O IPMA destaca a passagem da depressão Nelson, no final do mês, que causou inundações em alguns locais do território, em especial na área metropolitana de Lisboa.

Março foi considerado normal em relação à temperatura do ar, que teve um valor médio de 12,43 °C, muito próximo do valor normal, no período de referência 1981-2010.

O boletim ressalva a ocorrência de alguma variabilidade dos valores da temperatura do ar, por um lado os valores baixos no inicio do mês (01 a 09) e os valores altos, entre 15 e 24 de março, com destaque para os dias 22 e 23 que tiveram temperaturas máxima e mínima muito superiores ao valor médio mensal, motivando uma onda de calor em alguns locais do interior Norte e Centro.

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) tem advertido que, mesmo apesar de as chuvas registadas no fim de fevereiro terem elevado as reservas das barragens para 44% da sua capacidade total de armazenamento, o Algarve continua em seca hidrológica extrema.

De acordo com o IPMA há quatro classes de seca.

Por seca meteorológica entende-se a que está associada à diminuição significativa da precipitação, a seca hidrológica está ligada ao estado de armazenamento das albufeiras, lagoas, aquíferos e das linhas de água em geral e a seca agrícola está relacionada com a falta de água motivada pelo desequilíbrio entre a água disponível no solo, a necessidade das culturas e a transpiração das plantas.

A seca económica é o efeito conjunto dos impactos naturais e sociais que resultam da falta de água.