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quinta-feira, 4 de julho de 2024

Santa Isabel de Portugal



Quinta-feira da Semana XIII do Tempo Comum

Santa Isabel de Portugal

Isabel, filha dos reis de Aragão, nasceu no ano 1271. Era ainda muito jovem quando foi dada em casamento ao rei Dom Dinis de Portugal. Teve dois filhos. Dedicou-se de modo singular à oração e às obras de misericórdia e suportou infortúnios e dificuldades com grande fortaleza de ânimo. Agiu como anjo da paz no âmbito da família e do reino. Depois da morte de seu marido, distribuiu os seus bens pelos pobres e, recolheu-se, como Terceira Franciscana, no mosteiro de Santa Clara-a-Velha, em Coimbra, por ela fundado. Morreu em Estremoz, no ano 1336, quando mediava o acordo de paz entre o filho e o genro.

Leitura I Am 7, 10-17

Naqueles dias, Amasias, sacerdote de Betel, mandou dizer a Jeroboão, rei de Israel: «Amós conspira contra ti no meio da casa de Israel. O país já não pode suportar as suas palavras. Porque Amós anda a dizer: 'Jeroboão morrerá à espada e Israel será deportado para longe da sua terra'». Depois, Amasias disse a Amós: «Vai-te embora daqui, vidente. Foge para a terra de Judá. Aí ganharás o pão com as tuas profecias. Mas não continues a profetizar aqui em Betel, que é o santuário real, o templo do reino». Amós respondeu a Amasias: «Eu não era profeta, nem filho de profeta. Era pastor de gado e cultivava sicómoros. Foi o Senhor que me tirou da guarda do rebanho, foi o Senhor que me disse: 'Vai profetizar ao meu povo de Israel'. E agora escuta a palavra do Senhor: Tu dizes: 'Não profetizes contra Israel, nem faças vaticínios contra a casa de Isaac'. Por isso, assim fala o Senhor: 'A tua mulher será desonrada na cidade, os teus filhos e filhas cairão mortos à espada, as tuas terras serão repartidas a cordel. Tu próprio morrerás em terra impura. E Israel será levado para o exílio, para longe da sua terra'».

compreender a palavra
Amasias, sacerdote, e Jeroboão, rei de Israel, não acolhem a palavra do profeta Amós, enviado por Deus ao seu povo. Esta recusa transforma-se em perseguição e o confronto dá-se quando Amasias enfrenta Amós diretamente convidando-o a retirar-se da sua terra e ir para Judá onde, por certo, será bem acolhido com as suas profecias. Amós, o enviado do Senhor, não se deixa intimidar e permanece até ao fim vaticinando contra Amasias, o quanto, por causa dele e da sua obstinação, o povo vai ter que sofrer ao ser deportado para longe da sua terra. O próprio Amasias terá de morrer. Amasias não se deixa convencer e a desgraça vai surgir em breve.

meditar a palavra
A palavra de Deus está acima de toda e qualquer ameaça que os poderosos possam provocar, ao sentir que as suas seguranças estão a ser postas em causa e ameaçada a sua autoridade. Deus apresenta a verdade através dos seus profetas, mas os poderosos confiam nas suas forças, nas suas habilidades políticas, no seu poder económico e na sua inteligência. Não escutando a voz de Deus que fala pelos profetas, preferem silenciar aqueles que se apresentam com a verdade para a libertação do povo. Os profetas correm o risco de morrer por causa da verdade e da missão que lhes foi confiada, mas a resposta final é sempre de Deus. Ele escolhe os pequenos para agir através deles, como fez com Amós que era apenas um agricultor, e com a pequenez confunde os poderosos e derruba-os dos seus tronos. Se não escutarmos a voz de Deus, também nós poderemos sucumbir às nossas teimosias, orgulhos e vaidades que nos levam a viver só de nós e para nós sem perceber a presença de Deus que vem para nos salvar.

rezar a palavra
A tua voz, Senhor, chega a mim pela débil presença dos teus profetas, enviados do teu coração para me corrigir, ensinar e orientar no caminho da verdade e da vida. Quantas vezes olho a fragilidade dos enviados e recuso o poder da tua palavra? Quantas vezes na fragilidade dos teus profetas reconheço a grandeza do teu amor por mim? Que meus olhos não atraiçoem o meu coração indeciso, dividido e perturbado com as circunstâncias da vida,

compromisso
Despojar-me da vã maneira de pensar-me como centro do mundo e dono de mim mesmo.

Evangelho Mt 9, 1-8

Naquele tempo, Jesus subiu para um barco, atravessou o mar e foi para a cidade de Cafarnaum. Apresentaram-Lhe então um paralítico que jazia numa enxerga. Ao ver a fé daquela gente, Jesus disse ao paralítico: «Filho, tem confiança; os teus pecados estão perdoados». Alguns escribas disseram para consigo: «Este homem está a blasfemar». Mas Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse: «Porque pensais mal em vossos corações? Na verdade, que é mais fácil dizer: 'Os teus pecados estão perdoados', ou dizer: 'Levanta-te e anda'? Pois bem. Para saberdes que o Filho do homem tem na terra o poder de perdoar os pecados, 'Levanta-te – disse Ele ao paralítico – toma a tua enxerga e vai para casa'. O homem levantou-se e foi para casa. Ao ver isto, a multidão ficou cheia de temor e glorificava a Deus por ter dado tal poder aos homens.

compreender a palavra
Cafarnaum é uma cidade recorrente na vida de Jesus. Ali acontecem muitas coisas importantes. Esta cena diz que Jesus manifesta ali o seu poder de perdoar os pecados, perante a admiração dos escribas que consideram isso uma blasfémia, porque só Deus pode perdoar pecados. E perante a admiração da multidão que reconhece no perdão um sinal de Deus e, no meio do temor, glorifica a Deus por se manifestar desta maneira no meio deles. Não aceitar esta manifestação de Deus pelo perdão é pensar mal no coração, pois aceitamos facilmente coisas mais difíceis de realizar.

meditar a palavra
São para mim as palavras de Jesus: "Filho, tem confiança; os teus pecados estão perdoados". Parece tão fácil aceitar o perdão dado por Deus aos outros e tão difícil reconhecer que também a mim, o Senhor perdoa. Parece sempre, no íntimo do coração, que o meu pecado é maior que o de todos e que, por isso, não mereço ser perdoado. As palavras de Jesus hoje fazem-me falta. Vou recolher-me nelas para experimentar a gratuidade da sua misericórdia.

rezar a palavra
Quero confiar, Senhor, nas tuas palavras e nos teus gestos de perdão. Sei que te diriges a mim e que não olhas ao meu pecado. Sei que me queres levantado, de pé, de cabeça erguida na dignidade de filho e não de rastos como um escravo. Sei que pouco te importa os caminhos por onde andei, as palavras que deixei escapar, os sentimentos que nutri, os afetos que esbanjei, o tempo perdido. Sei que me olhas nos olhos e no teu olhar me restauras totalmente na verdade que tens para mim, no amor que me dedicas e na salvação que me ofereces.

compromisso
Vou recolher-me nas palavras de Jesus: «Filho, tem confiança; os teus pecados estão perdoados».

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