Se é pai ou mãe e tem filhos em idade escolar, saiba que é possível que algumas escolas estejam encerradas esta quinta-feira, no âmbito das greves, protestos e paralisações que irão afetar vários setores nesse dia, 9 de fevereiro, incluindo o setor da educação, no que diz respeito a funcionários escolares.
A Multinews sabe que alguns estabelecimentos de ensino já estão a enviar avisos aos pais a comunicar a possibilidade de não estarem abertos e em funcionamento na quinta-feira.
"Vimos informar que em virtude de estar convocada uma greve pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais para o dia 9 de fevereiro de 2023 não será possível assegurar o normal funcionamento nesse dia", lê-se numa das missivas de aviso que foi enviada por uma direção escolar aos encarregados de educação.
Para o mesmo dia a CGTP convocou um protesto que vai contar com greves e paralisações em todos os setores e todo o país, anunciou a secretária-geral, Isabel Camarinha.
A central sindical reivindica o aumento geral dos salários, o controlo dos preços, a regulação dos horários de trabalho, a defesa da contratação coletiva e a revogação das "normas gravosas" da legislação laboral.
Esta terça-feira, a responsável sindical, adiantou que podem estar no horizonte novas ações de luta: "O dia 9 vai ser um dia de grande luta que vem na continuidade da luta que vem sendo desenvolvida, não é o final da viagem".
Isabel Camarinha lamentou que a pandemia, a guerra na Ucrânia e as consequentes sanções tenham sido aproveitadas para gerar uma especulação dos preços e atacar os direitos dos trabalhadores, enquanto os grandes grupos continuam a apresentar resultados "de milhares de milhões".
A intersindical exige, neste sentido, o fim da especulação, a taxação de lucros e o controle de preços, nomeadamente dos bens essenciais e energia.
A secretária-geral da CGTP lembrou ainda que o Governo é quem mais contrata com vínculos precários, o que referiu prejudicar as relações de trabalho.
Em matéria de pensões e reformas, a CGTP notou que muitas pessoas vivem no limiar da pobreza, pedindo ainda um reforço do investimento na saúde, educação, proteção social e habitação.
A par destas greves, mantém-se a greve convocada pelo Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (STOP), sendo que a greve por distritos da Fenprof termina amanhã.
