| Afinal a extrema direita francesa não só não teve maioria absoluta, como nem sequer ganhou. A Nova Frente Popular venceu as eleições, cortesia das jogadas de bastidores e desistências de uns inimigos a favor de outros inimigos. Quanto a Emmanuel Macron, como vai desatar este nó que ele próprio deu? E será que cometeu um erro ou, pelo contrário, foi uma jogada de mestre? O Francisco Sena Santos tem uma boa leitura do que se passou ontem no Hexágono. Viktor Orbán continua a armar-se em MNE da UE: depois de Kyiv e Moscovo, foi a Pequim encontrar-se com Xi Jinping, extravasando as suas funções de líder rotativo da UE. Se vai ser assim durante seis meses, é de esperar vários números deste tipo. Por falar nos amigos de Vladimir Putin, a guerra da Ucrânia lá continua a fazer mortos e feridos. Era tão bom que a ONU se debruçasse um pouco mais sobre este conflito, não era? Do lado de lá do Atlântico, continua a pressão sobre Joe Biden para se retirar das presidenciais. Mas o POTUS, do alto dos seus 81 anos, insiste que ele é o único que pode derrotar Donald Trump. A 5 de novembro se verá... Enquanto por esse mundo fora se multiplicam estas questões (questiúnculas, na realidade), o planeta Terra registou em junho, pelo 13.º (décimo terceiro!) mês consecutivo, as mais altas temperaturas desde que há registos. Cá pelo burgo, a COVID-19 está de regresso. E em força, batendo recordes de dois anos no que respeita a internamentos e a mortes. A diferença é que já ninguém lhe liga. Em Portugal, o poder político acusa o judicial de se meter onde não é chamado, mas é ele próprio a fazê-lo: nas Comissões Parlamentares de Inquérito, os deputados dão espetáculo mediático, cheios de vontade de serem, eles próprios, juízes. Um grupo de cidadãos propõe encerrar os estabelecimentos comerciais aos domingos e feriados. E, se calhar, tem razão. Mas está bem de ver que a associação que representa os centros comerciais não concorda com a proposta. Eles "andem" aí: já estão instalados e a funcionar os 25 novos radares de controlo de velocidade nas nossas estradas. Onde? Aqui, ali e acoli: este mapa mostra as localizações deles todos. Ora essa, de nada. Portugal caiu nas grandes penalidades do Euro2024. E, mais uma vez, o que se discute é se CR7 ainda fará outro campeonato (neste caso, o Mundial de 2026, nos EUA, Canadá e México), perpetuando-se na Seleção Nacional até aos 41 anos. Assim dificilmente teremos resultados diferentes do de sexta-feira. Até amanhã em mais uma Dose Diária. |
Macron está como o saudoso Gilbert Bécaud: mas que molho de brócolos, 'Monsieur le Président'! Ganhou a França Insubmissa e, pelos vistos, ingovernável. Esta é a Dose Diária de hoje – às 12h34m56s de 8 de julho de 1990, registava-se (em países anglófonos) um número difícil de igualar: 1234567890.
