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segunda-feira, 7 de outubro de 2024

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E-Card Outubro SEMINÁRIO VENTO FORTE Fotografia © Jorge Gonçalves Durante dez sessões, que acompanharão os ensaios da peça VENTO FORTE de Jon Fosse, a estrear a 27 de Novembro no Teatro Variedades em Lisboa, será aberto um seminário s ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌   ‌  

E-Card Outubro

 

SEMINÁRIO VENTO FORTE

 

SEMINÁRIO VENTO FORTE

Fotografia © Jorge Gonçalves

Durante dez sessões, que acompanharão os ensaios da peça VENTO FORTE de Jon Fosse, a estrear a 27 de Novembro no Teatro Variedades em Lisboa, será aberto um seminário sobre o autor e a sua escrita em palco, com o encenador do espectáculo, António Simão. Os participantes, no máximo de 20, poderão assistir aos ensaios e participar em breves sessões sobre o autor, a peça e o espectáculo.


As sessões serão às segundas e sextas-feiras das 14h30 às 18h30. Nos dias 18, 21, 25, 28 de Outubro e 1 de Novembro, as sessões decorrem no Centro de Artes de Lisboa (R. Santa Engrácia 12 A). Nos dias 4, 8, 11 e 15 de Novembro, na Sociedade Musical Ordem e Progresso (R. do Conde 77, Lisboa). E a 20 de Novembro, no Teatro Variedades (Parque Mayer, Tv. do Salitre, 35).


(Uma das sessões contará com a presença do tradutor Pedro Porto Fernandes.)


Preço 100€


O pagamento é feito por transferência bancária, sendo os dados enviados por e-mail após a inscrição.

 

 

Aquilo que não podemos falar só podemos calar (é preciso escrever), parece que terá escrito Wittgenstein, parafraseando; e o limite da linguagem é o limite do homem, terá também dito.

 

Se, segundo Wittgenstein, a linguagem oculta o pensamento, ou oculta mais do que desvela, as imagens - os signos na escrita de Jon Fosse que só existem relacionados, como o próprio refere -, se anuladas na sua diferença, devolvem-nos um sentido uno e amplo, mas inapreensível.

Entramos então no reino do poema, do lirismo, da artificialidade, da subjectividade e da metafísica – do númeno? Nada prende nada, nem o tempo prende ou, talvez, só a a morte prenda.

 

A falha, a incerteza, a insuficiência e a ausência são constantes nas vozes e nos corpos escritos pelo autor. Mas que corpos são estes, existem, emitem som, comunicam, pensam, ou são apenas falhos?

 

António Simão

 

VENTO FORTE de Jon Fosse

Fotografia © Jorge Gonçalves

VENTO FORTE de Jon Fosse Tradução Pedro Porto Fernandes Com Américo Silva, Andreia Bento e Nuno Gonçalo Rodrigues Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Som André Pires Animação Daniel Sousa Encenação António Simão A Classificar pela CCE

 

No Teatro Variedades de 27 de Novembro a 22 de Dezembro

4ª a Sáb. às 20h00 | Dom. às 16h00

 

O HOMEM     Vês o ar

A MULHER     Se vejo o ar

O HOMEM     Sim não vês como o ar é espesso

                       agora o ar está densíssimo    

                       não vês

 

Jon Fosse, Vento Forte


Um homem que esteve na estrada por um longo período, olha pela janela do apartamento que partilha com a sua mulher. Mas é ainda a mesma janela, apartamento, mundo? Quanto tempo esteve ele ausente? Terá ele um lugar, tempo e presença aqui? Ou pertence ao passado e é um mero espectador do seu desaparecimento… Em Vento Forte, Fosse conta a história não só da tentativa de regresso à vida, mas também ao mundo do teatro, cujos parâmetros se alteraram e cujas antigas certezas se perderam.

 

 

Abaixo-assinado

 

Por uma nova morada, em Lisboa, para a companhia de teatro ARTISTAS UNIDOS

 

Exmo. Senhor Presidente da Assembleia da República, 


Os abaixo-assinados, público da companhia de teatro, Artistas Unidos, e munícipes de Lisboa, vêm-lhe manifestar a sua inquietação por ainda não ter havido nenhuma informação sobre a nova morada para as "duas tábuas e uma paixão",- como, diz-se, Molière resumia a arte do Teatro – desta Companhia de Teatro lisboeta fundada em 1995, pelo saudoso Jorge Silva Melo. 
A nossa inquietação nasce do receio de deixarmos de poder continuar a ser espectadores desta companhia de teatro que nos acompanha há 29 anos e que, com a sua arte de vida que é o Teatro, nos ajuda a combater esta "fadiga da empatia" que alastra no nosso tempo, estimulando, com os seus espectáculos e a sua actividade artística, a nossa criatividade, o gosto de estar com o outro e, dessa forma, alimentando a nossa humanização. 

(...)
Lisboa, julho de 2024

 

Primeira subscritora: Ana Vasconcelos

ARTISTAS UNIDOS