Hoje destacamos a revelação na tese de doutoramento do actual director-geral da Saúde, André Peralta Santos, que assume números horríveis das taxas de mortalidade hospitalar nas alas não-covid durantes os dois lockdowns. Foram decisões políticas graves que continuem a não ser assumidas. O próprio Peralta Santos, que deseja garantir o cargo em definitivo (decorre um concurso), não mostrou interesse em falar da sua própria tese de doutoramento (de 116 páginas). Entretanto, aconselho o editorial de Pedro Almeida Vieira: um apelo para que se "acredite na Ciência", que versa sobre a "temível" nova variante do coronavírus, Eris, um tweet da Fernanda Câncio, o pânico e a imunidade ao SARS-CoV-2. E explica o que significa o 1640... Sugerimos também outra notícia sobre a famigerada Jornada Mundial da Juventude, que mostra como a Câmara Municipal de Lisboa se tem furtado a apresentar evidências em torno de um contrato milionário, de 614 mil euros, que assinou para reforçar a limpeza urbana durante a realização do evento católico. Recomendamos ainda a segunda parte da entrevista com o histórico presidente da Associação Portuguesa de Imprensa – que cessou funções recentemente –, João Palmeiro. Para aguçar a curiosidade, destacamos aqui título, que se refere às práticas promíscuas que colocam em causa a independência do jornalismo: "[Um conteúdo comercial escrito por jornalistas] destrói a credibilidade, e a credibilidade é a base da sustentabilidade económica". No P1 Podcast, já está disponível o 22º episódio de "Economistas do diabo", com Luís Gomes e Pedro Almeida Vieira. Como habitualmente, houve espaço para variados temas, entre os quais a muito badalada "economia de Francisco", a queda do rublo, e o novo livro de José Sócrates… Recordamos também a análise exclusiva do PÁGINA UM que, a partir da base de dados da Agência Europeia do Medicamento, a EudraVigilance, revela o número de casos reportados de mortes súbitas associadas às vacinas contra a covid-19 na Europa. Na secção de opinião, há novos artigos dos nossos cronistas Mariana Santos Martins, Luís Gomes e Vítor Ilharco. Finalmente, na Cultura, temos mais uma recensão, ao livro "Enviadas Especiais", de Judith Mackrell, sobre seis pioneiras mulheres correspondentes de guerra durante a Segunda Guerra Mundial. Hoje, temos mais novidades (dois artigos e mais uma recensão), mas fica para a próxima newsletter. Até lá continue a visitar-nos e a apoiar financeiramente este projecto de verdadeiro jornalismo independente sem publicidade nem parcerias comerciais.
Maria Afonso Peixoto | 
