Através dos jornais de Coimbra soubemos agora da notícia do falecimento, recentemente (vide, em anexo, "Diário de Coimbra" de 31.01.2025), de um médico, localmente muito conceituado em Coimbra e em Arganil, chamado Carlos Alberto Maia Marques Teixeira, alguém que não tínhamos o prazer de conhecer pessoalmente (e nunca havia tido nada a ver com qualquer iniciativa ou actividade do CEMAR), mas que agora constatamos que é a mesma pessoa que, por sua própria iniciativa, há uns meses atrás, em 02.07.2024, quando teve conhecimento de que estavam a ser organizados, e vão ser publicados neste ano de 2025, alguns livros com testemunhos de homenagem e de celebração dos 30 anos de actividade do CEMAR e dos 40 anos de actividade de Alfredo Pinheiro Marques, quis mandar, e mandou, para esses livros de celebração, um seu testemunho e um seu poema.
Por isso, esse seu testemunho, e essa sua evocação poética da figura do Infante Dom Pedro duque de Coimbra, apesar de virem de uma pessoa para nós totalmente desconhecida, já haviam sido desde então incluídos — e vão estar, de facto, incluídos —, nesses livros de 2025 sobre o CEMAR e Alfredo Pinheiro Marques, quando tais livros forem publicados, neste ano.
Vão juntar-se, aí, com os testemunhos — e são muitos, e muito honrosos — de todos os que, ao longo do último ano (de 2024), e neste ano 2025, conhecendo Alfredo Pinheiro Marques e o CEMAR, e conhecendo o combate pela História e pela cidadania em que estamos empenhados, quiseram expressar publicamente a sua estima e a sua apreciação, e quiseram ter a coragem — sobretudo se nos arredores de Coimbra… — de lá deixar o seu nome assinado, na "Tabula Gratulatoria", e/ou no dossier de testemunhos desses livros.
Desses livros que vão ser agora publicados, neste ano de 2025, nestes arredores de Coimbra que são a Figueira da Foz, Montemor-o-Velho e Mira.
Entretanto constatámos, pelas notícias que agora vemos do seu óbito, que este médico Carlos Alberto Maia Teixeira, de Coimbra e de Arganil, para nós desconhecido, era proveniente e ligado aos mesmos círculos locais em que, aí, em Coimbra e Arganil, se movimentou também a grande figura que foi o médico Fernando Valle (o qual, também, outrora, em vida, se nos dirigiu, para nos honrar com a apreciação, que fez, do livro "A Maldição da Memória do Infante Dom Pedro e as Origens dos Descobrimentos Portugueses", que havia sido publicado pelo CEMAR em 1995).
O testemunho e a evocação poética que recebemos em 02.07.2024 vão portanto ser incluídos e, sem dúvida — por serem provindos de uma pessoa de Coimbra totalmente desconhecida para nós (mas que, por sua própria iniciativa, quis expressá-los, e quis comunicá-los!) —, têm um significado particularmente especial, acerca das actividades de Alfredo Pinheiro Marques e das actividades do CEMAR, no seu combate pela História e pela cidadania, ao longo das últimas décadas, em Portugal e nos arredores de Coimbra que são a Figueira da Foz, Montemor-o-Velho e Mira.
Tendo nós agora sabido, somente desta maneira, pelos jornais, do falecimento deste homem que até não conhecíamos pessoalmente — e agora já não iremos nunca conhecer pessoalmente… —, somos nós que agora aqui fazemos questão de o homenagear a ele, e de nos curvarmos perante a sua memória.
E aqui deixamos, desde já, divulgado, o testemunho que dele havíamos recebido, em 02.07.2024, acerca do nosso próprio combate, por Coimbra, pela figura do Infante Dom Pedro, e pela História:
"(…) Desde A Maldição da Memória do Infante Dom Pedro e as Origens dos Descobrimentos Portugueses que vivo fascinado pelo Regente.
Nado e criado em Coimbra, é degradante e vergonhoso não haver memória, numa cidade que se diz ser a Casa da Sabedoria.
Ser médico foi o meu ofício, mas cura não há para a ignorância boçal que por aqui graça. (…)
Deixo o meu testemunho "Anónimo"para poder dizer presente:
"(…)
Foi a imolar um Regente (…)
Não foi a descansar em paz.
Anda, de um outro modo, aqui no ar!
É uma aragem nova, que vem chegando
E partindo... Não me quer! Ainda...
E assim aconchega o que me basta.
Que começa neste rio Munda, aqui
E acaba para lá dos mares
Por conhecer, ao longe!
Ó Infante Dom Pedro:
Quem dera ser meu teu olhar!"
(…)"
CARLOS ALBERTO MAIA MARQUES TEIXEIRA (02.07.2024)
De facto, só podemos acrescentar que, num mundo como este, cada dia mais se vê reinar — sobretudo em Coimbra (mas não só) — a mais boçal ignorância e a mais abjecta cobardia, disfarçadas de conveniências institucionais. Mas é recompensador sabermos que houve alguém que foi capaz de nos ler e de nos compreender, quando um dia escrevemos e publicámos, num livro, o que achámos que era importante ser escrito e publicado em livro.
"HISTÓRIA, MEMÓRIA E EXEMPLO DO PASSADO, PARA LIBERTAÇÃO DO FUTURO"
"(…) Ser ignorante do Passado é como ser uma criança para sempre (…)"… [ Marco Túlio Cícero, 106 a.C - 43 a.C ]
"(…) Que os homens não aprendem muito com as lições da História é a mais importante de todas as lições que a História tem para ensinar (…)"… [ Aldous Huxley, 1959 ]