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quarta-feira, 19 de junho de 2024

Artistas Unidos Newsletter



 

E é já na próxima 2ª 24 de Junho a última sessão d'UM CLUBE DE LEITURA DE PEÇAS DE TEATRO com o Teatro da Cidade no Teatro da Politécnica. Lemos em conjunto SALA VIP de Jorge Silva Melo às 19h00. Nos dias 11, 15 e 17 de Julho, apresentamos REMÉDIO de Enda Walsh, no Festival de Almada. Também na 5ª 11 há Conversa com Enda Walsh, nos Colóquios na Esplanada da Escola D. António da Costa, às 18h00. Estreamos BÚFALOS de Pau Miró, a última parte da trilogia do autor que apresentamos este ano, no CITEMOR na 5ª 25 de Julho às 22h30.

 

UM CLUBE DE LEITURA DE PEÇAS DE TEATRO - Teatro da Cidade

Ilustração © Samuel Jarimba

UM CLUBE DE LEITURA DE PEÇAS DE TEATRO - Teatro da Cidade   
      
2ª 24 de Junho - SALA VIP de Jorge Silva Melo

Gente que espera, gente que já morreu? São quem? Personagens do mundo lírico, Leonoras, Huskymiller, Azucenas? Esperam – desesperam. Já tudo acabou? 

Quando o Pedro Gil me perguntou se eu estaria interessado em escrever para ele (uma peça, uma não – peça, uma coisa), sabia que ia encontrar um interlocutor e não apenas um encomendador. E eu queria escrever uma peça que ele quisesse montar, como e quando e com quem lhe apetecesse. Gosto muito do Pedro e já lá vão, imagine-se, 12 anos que nos entendemos, desde A Capital, 2000. Mas não queria fazer uma peça que lhe calhasse a matar, na sequência daquelas que ele tão bem tem feito. Queria que fosse minha, com as minhas inquietações, aquilo que me interessa, aquilo que me inquieta, este meu mundo que termina em breve. Não queria uma peça para colocar lindas palavras no espectáculo do Pedro, queria passar-lhe, como há anos fazemos, as chaves do carro (como o fiz no filme sobre o Álvaro Lapa), falar com ele da estrutura intrigante das velhas (e afinal tão novas) peças de Terence Rattigan (que cada vez mais gostaria de montar), entregar-lhe um mundo que me desaparece. E há anos que ando, também por nunca ter conseguido dirigir o Boulevard Solitude de Hans Werner Henze, bela ópera mais uma vez sobre a Manon do Abade Prévost, às voltas com esta paixão, esta vertigem, esta morte, o dinheiro. E então será esta a minha Manon, sola, perduta, abandonata, com saudades de Puccini. Entre salas de espera, entre hospitais, spas e aeroportos, vamos morrendo, desfeitos.  

Jorge Silva Melo 
 


E se pudéssemos, em conjunto, descobrir peças de teatro?         

Este clube de leitura é um encontro promovido pelo Teatro da Cidade em parceria com os Artistas Unidos, onde, em conjunto com o público se lêem e se descobrem textos da dramaturgia universal. Um lugar de encontro para que possamos imaginar outros lugares, outras ficções, para que possamos dialogar com e a partir da palavra de outros autores, fazendo da leitura e da interpretação destes textos um lugar partilhado.    

 

Fotografia © Jorge Gonçalves

REMÉDIO de Enda Walsh Tradução Joana Frazão Com Íris Runa, Maria Jorge, Rúben Gomes, o baterista Pedro Domingos e vozes de Américo Silva, Andreia Bento, Diana Especial, Diana César, Frederico Gonçalves, Gonçalo Ouro, Helder Bráz, Isabel Milhanas Machado, João Meireles, Pedro Roquette e Raquel Montenegro Cenografia José Manuel Reis Assistência de Cenografia André Neves Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Som André Pires Direcção de cena Hélder Bráz Operação Diana Especial e Lucas Domingos Assistência de encenação Diana Especial Encenação António Simão M14

No Festival de Almada, no Fórum Municipal Romeu Correia - Auditório Fernando Lopes-Graça a 11, 15 e 17 de Julho 
5ª, 2ª e 4ª às 21h30 

LAGOSTA Tem importância porque é muito confuso viver neste mundo actual e as pessoas como nós – pessoas da música – do teatro – podem proporcionar não só instrução ligeira mas também compreensão intelectual – alguma clareza e propósito. Porquê uma só sobrancelha? 
Enda Walsh, Remédio 

Em Remédio encontramos John Kane sentado numa cadeira de um hospital onde chegarão, dentro de pouco tempo, um percussionista, duas mulheres chamadas Maria, um homem muito velho e uma lagosta gigante. Então, tudo começa. 
Remédio é uma peça obscura e absurda que quebra a fronteira entre elenco e público, entre texto e performance. É uma meditação tocante e cómica sobre a chamada "doença mental" e a sua institucionalização. 


António Simão
     

 

Fotografia © Jorge Gonçalves

CONVERSA COM ENDA WALSH 

No Festival de Almada, nos Colóquios na Esplanada a 11 de Julho de 2024 
5ª às 18h00 
Apoio Embaixada da Irlanda em Portugal 

No âmbito da apresentação de REMÉDIO de Enda Walsh nos dias 11, 15 e 17 de Julho no Fórum Romeu Correia - Auditório Fernando Lopes-Graça, conversamos na Esplanada da Escola D. António da Costa com Enda Walsh e Joana Frazão, a tradutora, com moderação de João Carneiro, no Festival de Almada. A conversa conta ainda com a presença do encenador do espectáculo António Simão.  

Aos dias úteis, as tardes na Esplanada da Escola D. António da Costa são de conversa — dos artistas com o público, do público com os artistas. Com a mediação de alguém convidado, fala-se sobre os espectáculos a que assistimos, sobre as circunstâncias em que foram feitos, e também sobre as razões que levaram à sua criação. Dirimem-se dúvidas, especulam-se intenções, esclarecem-se perplexidades. Sempre às 18h00, com serviço de bar.   

 

Fotografia © Jorge Gonçalves

BÚFALOS de Pau Miró Tradução Joana Frazão Com Gonçalo Norton, Joana Calado, João Estima, Nuno Gonçalo Rodrigues e Rita Rocha Silva Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Assistência de cenografia Francisco Silva Luz Pedro Domingos Som Rui Rebelo Assistência de encenação Inês Pereira Encenação Pedro Carraca A Classificar pela CCE  

Estreia a 25 de Julho no Citemor – Antiga Fábrica de Mármores 
5ª às 22h30 

2. Há muitas maneiras de uma pessoa se afundar, / não se afundar é uma delas, por exemplo. 
Pau Miró, Búfalos 

Búfalos, um espectáculo sobre a sobrevivência, a individual e em grupo. A sobrevivência perante os outros, mas também perante a mudança da realidade que nos rodeia. Física e afectivamente.  
Os descendestes das Girafas e dos Leões, os esquecidos, mas também aqueles a quem o futuro pertence.  


Pedro Carraca 
     

 

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